domingo, 11 de setembro de 2011

de algum lado



"hei-de ter-te na respiração de um livro
e ficar só num poema com um amor que não morreu
como a pálida penumbra
que me habita - casa estéril
inutilmente caiada."
Maria Gomes



"não podemos perder o que sobra da luz
de algum lado;
sobre a pele, existe a hora de coisas impassíveis.
os comboios brancos,
aquela flor voltada à janela, falando-nos.

não, meu amor, não podemos perder a raiz
de um corpo incandescente, agora, derramado."

Nenhum comentário:

Postar um comentário