quarta-feira, 14 de abril de 2010

meu ser evaporei na vida insana


Meu ser evaporei na vida insana
Do tropel de paixões,que me arrastava.
Ah! Cego eu cria,ah!Mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana.

[...]
Prazeres,sócios meus e meus tiranos!
Essa alma que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos.

Deus, ó Deus!...Quando a morte à luz me roube
Ganhe um momento o que perderam anos,
SAIBA MORRER O QUE VIVER NÃO SOUBE.

[Manuel du Bocage- Sonetos]

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