
Meu ser evaporei na vida insana
Do tropel de paixões,que me arrastava.
Ah! Cego eu cria,ah!Mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana.
[...]
Prazeres,sócios meus e meus tiranos!
Essa alma que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus, ó Deus!...Quando a morte à luz me roube
Ganhe um momento o que perderam anos,
SAIBA MORRER O QUE VIVER NÃO SOUBE.
[Manuel du Bocage- Sonetos]
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