segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Para um orfão de Pai

[Sylvia Plath]

Você terá clareza de uma ausência, agora,
Crescendo ao seu lado, como uma árvore,
Uma árvore da morte, sem cor, um eucalipto australiano
Desfolhado, castrado pelo relâmpago — uma ilusão,
E um céu como um traseiro de porco,
uma total falta de atenção.

Mas justo agora você está mudo,
E amo sua ignorância,
O seu espelho cego. Olho
E não vejo rosto senão o meu, e você acha engraçado.
É bom para mim

Fazer você puxar meu nariz, um degrau de escada.
Um dia você pode tocar o que é errado
Os crânios pequenos, as colinas azuis assoladas,
o divinorrível silêncio.
Até então seus sorrisos são dinheiro achado.

[Tradução:Deisa Chamahum Chaves e
Ronald Polito de Oliveira]

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