Caminha para dentro dos cercos
No interior não te faltarão provisões.
Novos vizinhos te darão acolhimento
Mais fiéis do que os amigos
Dias e noites maldizendo-te em silêncio
A proximidade
Encosta-te às vedações para guardares
Com minúcia a dolorosa divisão da paisagem
O para ti e o para além
A solidão infinita de ocupares um lugar
Caminha para dentro
Onde gira a nora e o burro é cego
E os círculos perfeitos.
Não te há-de faltar
A distância.
domingo, 21 de março de 2010
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